Peregrinando! - Nossa Senhora da Babilônia

No Santuário em São Carlos, um grande
quadro representa o encontro da Imagem
da Padroeira do Brasil no Rio Parnaíba do
Sul por três pescadores, há 300 anos. 

Como escrevi na semana passada, no último final de semana, 28 e 29 de outubro, estive em peregrinação à cidade de São Carlos, onde visitei o Santuário de Nossa Senhora da Babilônia que

pertence à Diocese de São Carlos.
Esta peregrinação, que fiz com jovens do Litoral Paulista e da Grande São Paulo, faz parte das comemorações do Ano Mariano, celebrado de 12 de outubro de 2016 a 12 de outubro de 2017, em comemoração aos 300 anos do achado da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil.

Confesso que estava tão cansada e tão atarefada que quando entrei no ônibus para começar a viagem nem estava no clima de peregrinação... estava meio distraída. Mas Deus veio como um brisa suave e me surpreendeu logo na primeira parada. Na verdade, foi o que mais me marcou de todo o final de semana, porque ali, Ele tinha algo para me falar especialmente.

O primeiro lugar que fomos foi um Mosteiro Passionista de Mulheres, onde escutamos o testemunho de três monjas que vivem na clausura. A Congregação delas foi fundada por São Paulo da Cruz e tem como carisma recordar ao mundo a Paixão de Jesus Cristo. Se a princípio parece algo mórbido e triste, recordar a Paixão de Cristo é recordar o amor imensurável de Deus por nós, ver Sua misericórdia e lembrar que com a Ressurreição que veio em seguida, a morte foi vencida.

Ouvir o testemunho me ajudou e emocionou. Ser uma freira de clausura é algo que está além do nosso entendimento, não é algo humano. A Madre da casa está lá há 30 anos.30!!! Ela falava que se sente livre, completa e realizada como mulher. Isso é algo que toda mulher quer, mas não encontra, sobre tudo nestes tempos de feminismo, porém, essa freiras de clausura encontraram, porque é algo que apenas Cristo pode dar a elas, pode dar a todas nós. Nos realizar, nos completar, nos preencher com Seu amor que nada nem ninguém pode, nem homens, nem mulheres, nem nenhuma militância ou ideologia.

Depois fomos acolhidos nas casas das famílias de São Carlos e eu parei para refletir que, ao longo da minha vida, já fui acolhida tão bem por tantas pessoas, mas de boa parte eu nem lembro o nome, nunca mais tive notícias. É sempre impressionante ver como essas pessoas abrem as casas para nós, sem nenhum receio, nos tratam com todo amor, fazem o melhor que podem, oferecem tudo que têm. Em São Carlos, pelos meus "acolhedores", eu me senti muito amada. Eles não se preocuparam com meus defeitos, se eu seria chata ou legal, se eu sou assim ou assado,eu não precisei fazer nada para que eles me acolhessem como uma filha. Foi muito especial.

No domingo, 29, estivemos no Santuário de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia. Desde o princípio fiquei muito curiosa com relação a este lugar tão importante, porém desconhecido por mim e acredito que por muita gente. Pedi que a Assessoria de Comunicação da Diocese de São Carlos me mandasse o histórico do lugar e eis as informações enviada por eles: 

O Santuário de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia tem o apelido carinhoso de "Aparecidinha da Babilônia" e por incrível que pareça, esse lugar que eu nunca tinha ouvido falar, atrai milhares de devotos. Inclusive, há uma sala de milagres onde as pessoas registram as graças alcançadas e uma sala de velas onde colocam suas intenções. Veja bem a importância do local!
'Sala dos Milagres', onde as pessoas registram as Graças alcançadas
por intercessão da Virgem Maria, que foram pedidas no local
 A história do Santuário começa em 1866. O local onde agora está a igreja era uma fazenda que tinha o nome de Babilônia. Em agosto daquele ano, aconteceu ali um incêndio devastador que destruiu toda a mata nativa. Quando os moradores da região foram ver o tamanho do estrago, notaram que uma árvore estava intacta e, ao se aproximarem, encontraram no entrocamento da árvore uma imagem de Nossa Senhora da Conceição!
Representação do milagre que deu origem ao Santuário
na cidade de São Carlos.
 A partir daí, as pessoas começaram a fazer romarias ao local e relatar graças alcançadas. Não demorou para que fosse construído uma capela e, mais tarde, devido a "demanda" de devotos, surgisse uma capela um pouco maior. Na década de 1920, teve início a construção da igreja atual que demorou quase 20 anos para ficar pronta.
Santuário Diocesana de Nossa Senhora da Babilônia, em São Carlos, SP
Em 1944, o Bispo Diocesano da época, Dom Gastão Liberal Pinto nomeou Pe. Romeu Tortorelli o primeiro reitor do Santuário e foi ele quem terminou a construção da igreja.
Em 1968, a Capela do Santuário de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia foi incluída pela Comissão de Turismo de São Carlos como um dos pontos turísticos religiosos do município. A data em que a imagem foi encontrada, 15 de agosto, foi decretado feriado municipal.
O Santuário está sob administração da Paróquia Santa Isabel, tendo como pároco o Pe. Marcos Eduardo Coró.

O Santuário é bem menor do que eu imaginei, porém, preciso dar uma opinião sincera.... o lugar está um pouco abandonado.... O terreno em volta poderia ser mais bem cuidado, a lanchonete mais bem estruturada, os banheiro então.... nem se fale. A sala dos milagres poderia ser mais organizada, assim como a sala das velas que deveria passar por uma boa reforma.
Na verdade, o Santuário foi reconhecido oficialmente como Santuário Diocesano neste ano, por isso creio que a partir de agora seja feito um trabalho para valorizar mais um local tão importante.


Vitrais do Santuário
Por dentro
O terreno é rodeado de fazendas, de natureza, ali respiramos um ar puro. Há um ambiente de silêncio propício para a oração e para contemplar a beleza da criação. Apesar de pequena, a igreja é muito bonita, tanto por fora, mas ainda mais por dentro, com pinturas, vitrais, bem iluminada.
Lá, nós rezamos as laudes e depois pudemos rezar diante da Virgem Maria, um momento de muito consolo para todos. Existe coisa melhor do que conversar com o mãe? (e também o pai, mas no caso em questão era com a mãe que estávamos).

Depois, no próprio santuário, almoçamos uma comida deliciosa preparada pelas pessoas que estavam nos acolhendo e nos preparamos para vir embora.

Altar dedicado à Nossa Senhora

Olha, de verdade, valeu muito a pena esta peregrinação e, com tudo que eu estava distraída, Deus me pegou pela mão e me fez entrar totalmente naquele amor que só pode vir dele. E eu recomendo muito uma visita a este Santuário, até como forma de valorizar este local tão especial. Afinal, apesar de haver muitos santuários dedicados à Virgem Maria, não é em qualquer um que ela faz um milagre.



Monte um grupo, vá com a família.... menos lotado e movimento que o Santuário Nacional, é uma excelente oportunidade de conhecer um lugar diferente, mas não menos importante!

Nosso Grupo Peregrino


Fotos: Camila Canavese

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