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Apresentando: minha Monstrinha

  Ela nasceu junto comigo. Tinha uma missão: me proteger. Identificar situações de perigo e me deixar pronta pra fuga ou pro ataque. Ela me daria as substâncias necessárias para ser mais veloz, mais forte, com os sentidos mais aguçados, a intuição mais afiada, mais desperta, focada e concentrada. Quase um anjo da guarda. Só que ela se tornou precavida demais... até um pouco paranoica. Com pouca idade que tínhamos, ela começou a exagerar com o lance de “instinto de sobrevivência”, vendo perigo onde não tinha. Os anos foram passando e eu comecei a sair mais pro mundo... que nem era tão grande. Ambientes normais de um ser humano, um desafio aqui, outro ali, e ela foi ficando cada vez mais amedronta. Sabe, até entendo. Com aqueles noticiários horríveis, com tanto estímulo, barulhos e luzes, tanta mutação, tanta incerteza... ela só queria me blindar. Por um longo tempo, achei que era amor manifestado em excesso de cuidado. Eu via que ninguém mais tinha uma protetora como eu e quase

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