Vou de táxi… cê sabe… tava morrendo… de medo…
Hoje eu acordei feliz. Muita esperança. Muito ânimo! Também acordei nostálgica. Bateu uma saudade enorme da JMJ 2008, Austrália. Aquela peregrinação foi muito importante e muito especial pra mim
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Comecei a lembrar de muitos detalhes… Eu andando pela rua de pijama, chinelo e toalha enrolada na cabeça…O local onde a gente teve que tomar banho por dois dias ficava a dois quarteirões de distância de onde estávamos hospedados. Só que era tudo numa pressa tão gigante que nem dava tempo de pensar. Então eu sai do banho quente, cabeça molhada… de baixo de chuva. Não sei como não peguei uma gripe maligna.
Lembrei dos vários momentos em que eu deveria ficar acordada, mas dormi. Lembrei da minha mochila presa na porta do trem. Lembrei dos amigos incríveis. Das Completas que a gente rezava antes de dormir e era sempre muito maravilhoso. Do dia que eu acordei passando muito mal e queriam me levar pro hospital, mas então uma amiga iluminada me salvou com um pouco de sal embaixo da língua...
Enfim, saudade dessa peregrinação incrível!
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Sydney... cidade maravilhosa! |
Comecei a lembrar de muitos detalhes… Eu andando pela rua de pijama, chinelo e toalha enrolada na cabeça…O local onde a gente teve que tomar banho por dois dias ficava a dois quarteirões de distância de onde estávamos hospedados. Só que era tudo numa pressa tão gigante que nem dava tempo de pensar. Então eu sai do banho quente, cabeça molhada… de baixo de chuva. Não sei como não peguei uma gripe maligna.
Lembrei dos vários momentos em que eu deveria ficar acordada, mas dormi. Lembrei da minha mochila presa na porta do trem. Lembrei dos amigos incríveis. Das Completas que a gente rezava antes de dormir e era sempre muito maravilhoso. Do dia que eu acordei passando muito mal e queriam me levar pro hospital, mas então uma amiga iluminada me salvou com um pouco de sal embaixo da língua...
Enfim, saudade dessa peregrinação incrível!
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Amanhecer do Domingo, dia da Missa com o Papa. Melhor estrutura de todas para a vigília! |
Mas ai…. também lembro de como eu sofri nas 26 horas de viagem de ida e como quase morremos por causa de um problema que o avião teve na viagem de volta. Isso foi muito sério. Depois de duas horas de voo, o piloto disse que por problemas técnicos, retornaríamos ao aeroporto. Duas horas com aquele avião tremendo demais. Conversando com um amigo que é mecânico da avião, ele disse que a coisa deveria estar muito perigosa, porque se o piloto optou por retornar, é porque ele não tinha garantia nenhuma que de chegaríamos ao destino. Foi punk.
Então, pensar em ir pra Cracóvia é uma coisa maravilhosa…. tirando um pequeno fator: IR DE AVIÃO.
Só de pensar nas 11 horas dentro daquele negócio suspenso no ar, sem nada segurando por cima, nem dando apoiando em baixo, já me da dor de estômago. Porque eu odeio avião. Tenho pânico mesmo.
Não importa se é um voo de 50 minutos até Curitiba. Passo mal. A primeira vez que eu viajei indo pra Alemanha, tremi a viagem inteira. Teve uma turbulência muito forte que fez a gente pular na cadeira e eu tinha certeza que iriamos todos morrer.
Depois, indo pra Austrália, eu tomei um Pasalix, dois Dramins…
Pera. Explicação importante. Eu tomo um Dramin e entro em coma. Fico totalmente grogue. Dramin e antialérgico são soníferos fulminantes pra mim.
Eu tomei DOIS Dramins e não dormi, tamanho era meu nervoso dentro daquele avião.
A viagem pra Madri foi mais de boa, mas ver meu pai com o olho fechado rezando o terço, só piorava meu estado de Espírito.
Tudo isso é medo de morrer???
Ok. É.
Eu sei que pra morrer, basta estar vivo, mas o problema do avião é que quando o acidente ou a pane vão começar você sabe que tipo é isso, acabou, não tem mais jeito, boa sorte. O problema não é morrer, é saber que tá morrendo.
Honestamente, deve ser a sensação mais horrível do mundo. Ah, sem hipocrisia. Pra mim seria. A não ser que na hora, Deus desse uma graça muito especial e eu entrasse no repouso profundo e na alegria de saber que chegou a hora de encontrá-Lo. Porque, humanamente falando… SOCORRO.
Ou então eu fico pensando num atentado terrorista…. sério, ver alguém suspeito do seu lado… rendendo a tripulação. Rendendo o piloto…. Credo. Ainda mais nestes tempos que está o caos essa história de terrorismo.
Isso me lembra essa pegadinha....https://www.youtube.com/watch?v=qCQNmySJYK4
Não adianta vir com aquele papo de “é um acidente em 5 milhões”. Porque você pode ser esse um! Não adianta dizer aquelas palavras consoladoras de “acontece mais acidente de elevador do que de avião. Avião é o transporte mais seguro do mundo”. Todo mundo que sofreu um adicente de avião devia pensar assim, então, meu filho, nem vem. Não tem consolo.
Geralmente, eu fico com muito frio na barriga no dia da viagem, que só piora na hora do embarque. Quando eu entro no avião e sento, eu começo a respirar fundo e relaxar. Mas a hora que aquele bicho decola, me dá o maior pânico do mundo. E tenho vontade de gritar “PELO AMOR DE DEUS. PARE. EU QUERO SAIR DAQUI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!”.
E aquelas instruções de “em caso de emergência…” Gente. Sério, alguém consegue realmente absorver aquilo? Em caso de emergência alguém vai pensar em seguir aquele passo a passo? porque eu, honestamente, acho que só vou berrar. Ou ficar muda. E estática. Desmaiar, sei lá. Mas pra mim, aquilo não adianta de nada. Quem vai conseguir encher o colete salva-vidas? pegar em baixo do banco, inflar…
E a saída de emergência? para que serve a saída de emergência? O avião pegando fogo aqui, deixa eu sair pela saída de emergência. O quê? Experimentar um voo livre antes de morrer?
Depois que o avião estabiliza, eu acalmo, mas só um pouco. Eu rezo, escrevo, vejo filme, ouço música, leio. Aparentemente muito calma e controlada, mas por dentro, estou surtando.
Eu odeio quando aquelas aeromoças começam a andar correndo de um lado pro outro. “Minha filha, tá acontecendo alguma coisa? então porque você tá desesperada???? anda devagar!!!!!!!!!!!!!!!!”.
E quando toca a campainha avisando que alguém vai falar… cara, eu piro. Penso “lá vem, notícia ruim”.
E pior é que eu já fico imaginando que são 11 horas de tortura. Não uma hora, nem cinco horas. Mas 11. E no avião, a hora simplesmente não passa. As 11 horas viram 30. E ao longo da viagem eu vou tentando me controlar, mas tem horas que me dá uns ataques terríveis de pânico, tipo “PELO AMOR DE DEUS, EU QUERO SAIR DAQUI!!!!!!!!”. Eu começo a ficar claustrofóbica, credo, é muito ruim.
O que me acalma mais são as horas da refeição. CLARO, COMIDA!!!!!!!!!!!!!! Comida é vida!!!!!!!!! Quero dizer, fazendo a coisa mais maravilhosa do mundo que é comer, o que pode dar errado?. Adoro comida de avião. Sério. Aquele macarrão verde com frango! E as sobremesas? as frutas enlatadas? Nossa, adoro muito. Estou até sentindo o cheiro, porque comida de avião tem um cheiro muito característico. Pena que vem pouco.
Aliás, alguém me explica porque vem tão pouca comida no avião? A única coisa boa que tem ali…
Ir na janela também ma acalma… sei lá… porque parece que vendo o lado de fora eu consigo ver que não tá acontecendo nada. Pode ser uma coisa nada a ver, mas eu prefiro a janela do que o meio.
E é esse terror até o último segundo. Porque mesmo quando chega a hora do pouso, a gente sabe que pode dar errado. É um momento extramente delicado. Então eu penso “Senhor, sobrevivemos até aqui, segura mais um pouco vai”
Até que o avião pousa e começa a perder a velocidade. Ai ufa. QUE HORA MAIS MARAVILHOSA!!!!!!!!!!!!!! Quando ele para, em terra firme. Alívio. ALÍVIO DO MAIS PROFUNDO!!!!!!!!! Minha vontade, quando eu saio do avião, é ajoelhar e beijar o chão. Coisa mais linda. Não tem nada que eu ame mais do que o chão.
Não sei… sabe, aracnofobia? abelhofobia? fobia? Tipo, panico de alguma coisa? Eu tenho de avião. Aviãofobia.
Então, quando eu penso em Cracóvia, tá indo tudo bem. Até chegar no avião.
E o pior é que quando chega no destino, eu penso “ai, tem a volta ainda”....
O bom é que geralmente a gente tá tão estrupiado quando a peregrinação acaba que na viagem de volta eu desmaio. Ok. com ajuda de Dramin, mas pelo menos ele faz efeito e eu durmo dez horas seguidas. Mal acordo para comer. Aí é ótimo. Maravilhoso. Não fico passando por toda essa tortura que é na ida, que nem Rivotril faz efeito.
Eita… Rivotril… esse eu nunca tentei……. acho que vai ser o jeito na próxima.
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Ué... mas não é a mesma coisa? |
Eu imagino o avião chacoalhando todo, todo mundo gritando, as máscaras de oxigênio caindo, as pessoas desmaiando e eu pensando “Ok. Então é aqui que minha vida acaba”. Fico imaginando o avião indo de bico pro chão, pra montanha ou pro mar e eu segurando o banco da frente, com os olhos arregalados e depois, na hora do impacto, fechando no tipo “ai não quero ver isso. Não quero ver minha morte”.
Honestamente, deve ser a sensação mais horrível do mundo. Ah, sem hipocrisia. Pra mim seria. A não ser que na hora, Deus desse uma graça muito especial e eu entrasse no repouso profundo e na alegria de saber que chegou a hora de encontrá-Lo. Porque, humanamente falando… SOCORRO.
Ou então eu fico pensando num atentado terrorista…. sério, ver alguém suspeito do seu lado… rendendo a tripulação. Rendendo o piloto…. Credo. Ainda mais nestes tempos que está o caos essa história de terrorismo.
Isso me lembra essa pegadinha....https://www.youtube.com/watch?v=qCQNmySJYK4
Não adianta vir com aquele papo de “é um acidente em 5 milhões”. Porque você pode ser esse um! Não adianta dizer aquelas palavras consoladoras de “acontece mais acidente de elevador do que de avião. Avião é o transporte mais seguro do mundo”. Todo mundo que sofreu um adicente de avião devia pensar assim, então, meu filho, nem vem. Não tem consolo.
Geralmente, eu fico com muito frio na barriga no dia da viagem, que só piora na hora do embarque. Quando eu entro no avião e sento, eu começo a respirar fundo e relaxar. Mas a hora que aquele bicho decola, me dá o maior pânico do mundo. E tenho vontade de gritar “PELO AMOR DE DEUS. PARE. EU QUERO SAIR DAQUI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!”.
E aquelas instruções de “em caso de emergência…” Gente. Sério, alguém consegue realmente absorver aquilo? Em caso de emergência alguém vai pensar em seguir aquele passo a passo? porque eu, honestamente, acho que só vou berrar. Ou ficar muda. E estática. Desmaiar, sei lá. Mas pra mim, aquilo não adianta de nada. Quem vai conseguir encher o colete salva-vidas? pegar em baixo do banco, inflar…
E a saída de emergência? para que serve a saída de emergência? O avião pegando fogo aqui, deixa eu sair pela saída de emergência. O quê? Experimentar um voo livre antes de morrer?
Depois que o avião estabiliza, eu acalmo, mas só um pouco. Eu rezo, escrevo, vejo filme, ouço música, leio. Aparentemente muito calma e controlada, mas por dentro, estou surtando.
Eu odeio quando aquelas aeromoças começam a andar correndo de um lado pro outro. “Minha filha, tá acontecendo alguma coisa? então porque você tá desesperada???? anda devagar!!!!!!!!!!!!!!!!”.
E quando toca a campainha avisando que alguém vai falar… cara, eu piro. Penso “lá vem, notícia ruim”.
E pior é que eu já fico imaginando que são 11 horas de tortura. Não uma hora, nem cinco horas. Mas 11. E no avião, a hora simplesmente não passa. As 11 horas viram 30. E ao longo da viagem eu vou tentando me controlar, mas tem horas que me dá uns ataques terríveis de pânico, tipo “PELO AMOR DE DEUS, EU QUERO SAIR DAQUI!!!!!!!!”. Eu começo a ficar claustrofóbica, credo, é muito ruim.
O que me acalma mais são as horas da refeição. CLARO, COMIDA!!!!!!!!!!!!!! Comida é vida!!!!!!!!! Quero dizer, fazendo a coisa mais maravilhosa do mundo que é comer, o que pode dar errado?. Adoro comida de avião. Sério. Aquele macarrão verde com frango! E as sobremesas? as frutas enlatadas? Nossa, adoro muito. Estou até sentindo o cheiro, porque comida de avião tem um cheiro muito característico. Pena que vem pouco.
Aliás, alguém me explica porque vem tão pouca comida no avião? A única coisa boa que tem ali…
Ir na janela também ma acalma… sei lá… porque parece que vendo o lado de fora eu consigo ver que não tá acontecendo nada. Pode ser uma coisa nada a ver, mas eu prefiro a janela do que o meio.
E é esse terror até o último segundo. Porque mesmo quando chega a hora do pouso, a gente sabe que pode dar errado. É um momento extramente delicado. Então eu penso “Senhor, sobrevivemos até aqui, segura mais um pouco vai”
Até que o avião pousa e começa a perder a velocidade. Ai ufa. QUE HORA MAIS MARAVILHOSA!!!!!!!!!!!!!! Quando ele para, em terra firme. Alívio. ALÍVIO DO MAIS PROFUNDO!!!!!!!!! Minha vontade, quando eu saio do avião, é ajoelhar e beijar o chão. Coisa mais linda. Não tem nada que eu ame mais do que o chão.
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Tipo assim... |
Então, quando eu penso em Cracóvia, tá indo tudo bem. Até chegar no avião.
E o pior é que quando chega no destino, eu penso “ai, tem a volta ainda”....
O bom é que geralmente a gente tá tão estrupiado quando a peregrinação acaba que na viagem de volta eu desmaio. Ok. com ajuda de Dramin, mas pelo menos ele faz efeito e eu durmo dez horas seguidas. Mal acordo para comer. Aí é ótimo. Maravilhoso. Não fico passando por toda essa tortura que é na ida, que nem Rivotril faz efeito.
Eita… Rivotril… esse eu nunca tentei……. acho que vai ser o jeito na próxima.
As vezes eu penso que preferia ir de qualquer outro jeito. Até de canoa. Tipo, “não dá pra ir de bicicleta?”.
Aerodromofobia é o que você tem Debora, kkkkk só pra ajudar ;)
ResponderExcluirAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH SIM!!! BEM ISSO!!
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