Quarentena dia 4 - Que dia, meus amigos!
Hoje, o dia foi intenso. Os dias estão sendo intenso, tanto que nunca consigo publicar um texto antes da meia noite.
Mas recordemos ontem.
Ontem, eu falei pra minha mãe que a paixão parece boa, mas ela cega as pessoas. Ao que minha mãe respondeu "por isso elas se casam!". Diante da minha gargalhada histérica e nervosa, ela disse "Talvez por isso Deus da a paixão pras pessoas, pra assim, a humanidade poder realizar o plano de salvação que Ele tem para todos. Mas quando a paixão passa, vem o amor, maduro, que ainda faz você querer estar com a pessoa, sentir o cheiro, a pele, mas também faz você perdoar e relevar muita coisa".
O que isso tem a ver com quarentena e coronavírus? Bom, nada. Mas queria registrar aqui essa reflexão. Achei importante.
Então, ontem, foi dia de sair. Aquela saída pra resolver tudo de uma vez, passando em vários lugares. Lembra nos tempos antigos, pré-corona, que você até queria sair de casa, mas ai pensava que tinha que se arrumar, socializar, se transladar... e morria de preguiça? Então, agora sair de casa é muito pior.
Quem me dera, sair de casa implicasse só ter que arrumar o cabelo e passar um rímel... Agora implica passar álcool no carro, deixar sempre na porta de saída o "sapato de sair", se desinfetar o tempo inteiro no caminho, tentar fazer tudo o mais rápido possível tocando no mínimo de coisas, lidar com o estresse constante do medo de ser contaminado... depois todo o protocolo ao voltar para casa: desinfetar tudo que você traz consigo e onde vc colocou a mão, tomar o máximo cuidado para não encostar em nada mais na sua casa e nem chegar muito perto de ninguém, tomar banho e ainda assim, seguir com a sensação de que tudo está contaminado. Meu Deus, que desgaste. Que estressante.
Fora que, ao estar na rua, eu me sentia uma infratora, como se a qualquer momento, um alarme fosse soar, a voz da Card B fosse ecoar Jundiaí a fora berrando "COROUNA VAIRUS" e a sociedade fosse me linchar. Mas era necessário. Eu não podia deixar pra depois essa saída.
Enfim.
Mas hoje o dia foi cheio, o que em partes, acho até bom. E fiquei bem longe das notícas.
Vamos falar de ansiedade em tempos de pandemia? Quando você acha que chegou no seu limite, você descobre que na verdade, não. Sempre dá pra ir além e ficar um pouco pior da ansiedade.
Eu tô com tanta dor no corpo, tão travada, fazendo tantos crec que tem hora que acho que simplesmente não poderei mais andar. Fora a tremedeira, a falta de ar, o coração acelerado etc etc etc. O negócio tá tão louco que, ao contrário do que acontece quando to tendo altas crises, que é meu intestino soltar, ele ta super preso e eu estou com um desconforto enorme. Acho que venho tentando me controlar tanto, me segurar tanto com relação a tudo, que até o cocô to segurando!
Ai desculpe se você tem nojinho deste assunto, como se você nunca fizesse, né? Inclusive, se você não faz, sugiro um médico.
Sei que pode parecer engraçado, mas é sofrido pra caramba. Mas não ligo se você rir da minha desgraça. Fico até feliz com isso, porque tá difícil rir estes dias.
Neste exato momento, tô tomando chá de cidreira que dizem que acalma. Sinceramente, eu já cheguei num ponto que essas coisinhas muito naturais não fazem efeito, mas sei lá, o psicológico tem força, então quem sabe se eu pensar "vou tomar um chá pra relaxar", eu realmente relaxe? #sonho.
Pior, tô tomando sem açúcar na tentativa de não virar uma mamute até o fim da quarentena. Mas olha, bem ruim.
Gente, eu não tô histérica por causa do vírus só. Aliás, eu mesma não tenho medo por mim, mas pela minha família grupo de risco. Além disso, toda esta situação de confinamento... eu tinha um compromisso neste tempo de Quaresma que era importante demais e ele foi cancelado; a rotina de trabalho, pensar que tudo fica totalmente congelado, inclusive a minha vida, pensar na situação econômica, é uma somatória, uma avanlanche. Eu já lido com a ansiedade diariamente, o coronavírus é só um plus pra mostrar que a ansiedade não tem limites ou que eu sou mais forte pra lidar com ela do que eu penso.
Enfim.
Fato é que hoje trabalhei muito! Tanto pro meu emprego mesmo quanto um outro job que eu tô fazendo por amor e gratidão, difícil de explicar, mas eu acho que ele é ainda mais importante e me exige mais do que meu emprego mesmo. Ah, mas claro, não sou negligente com minha empresa. Aliás, achei que ia ter mais dificuldade pra me adaptar ao home office. Mas não, até que ta rendendo bem e consigo ficar bem focada. Claro que resolver os assuntos por mensagem inviabiliza algumas coisas, mas estamos nos adaptando.
Depois, de tarde, foquei no outro trabalho, o que me gerou mais estresse, ou seja, agregou ansiedade. "Mas Deborah, você não disse que é por gratidão e amor?". Sim, mas é super exigente, pede muita responsabilidade. Mas estamos indo. Vamos conseguir.
Hoje, a internet quase me convenceu de que por ela é possível fazer tudo sem sair do lugar! A começar, o trabalho.
Depois, minha psicóloga linda maravilhosa fez uma sessão via chamada de vídeo. Meu Deus, que bênção é a terapia! Por mim, fazia todo dia. Precisava demais. E foi assim, sentada na minha cama que eu coloquei pra fora um pouco das minhas agonias, paranóias, e do outro lado da tela estava minha psicóloga me fazendo rir, me dandou outras perspectivas dos acontecimentos e mais: me fazendo concluir no fim, que eu sou mais normal do que muita gente! E também que eu sou maluca mesmo e tá tudo bem com isso. Eu sei, complexo né? Mas é isso, minha maluquisse me faz sofrer um bocado, mas ela é maravilhosa por muitas razões.
Pós terapia, mais aliviada e com os pensamentos mais ordenados, voltei ao trabalho..... e então, chegou a hora da minha primeira aula de fucnional on line!
Bom, eu já faço funcional há um bom tempo e nossos professores maravilhosos montaram uma sala para nos dar aula ao vivo, todos juntos! Deus abençoe a atividade física! Foi ótimo! Uma hora de atividade intensa, onde minha mente, corpo e alma apenas estavam focados numa coisa: completar aquelasmalditas séries de exercício. Sentir a tensão aliviar, os músuclos trabalhando.... o Gui berrando pra gente ter força e não desistir!
É isso, gente, atividade física é muito psicológico. Você acha que não aguenta, mas aguenta! E quando termina com as pernas tremendo, a sensação de bem-estar é suprema.
Mal tive tempo de me recompor do suor e do cabelo descabelado, já entrei numa outra "sala virtual" para rezar as vésperas com meus irmãos de comunidade! Foi comovente vê-los e ouví-los. Porém, confesso que precisamos de um APP melhor ou um esquema mais funcional... mas o que valeu foi a disposição de quase todo mundo de estar ali! no mesmo horário! para rezar juntos!
Por fim, banho, janta, mais um pouquinho de trabalho, até que esgotei demais e quis escrever. O tempo está meio congelado, não preciso ter tanta pressa.
Olha, nós tinhamos tantos planos para esse ano e Deus veio pra derrubar todos, de uma vez, sem excessão! Pra que querer correr agora? vencer prazos? Tudo que nós temos no momento é o agora. Não é nem o hoje, mas o agora. Não dá pra pensar na hora seguinte.
Mas então, voltando.... A internet quase me convenceu de que dá pra fazer tudo sem sair do lugar. Quase....
Porque eu sinto falta dos meus colegas de trabalho. Sinto falta de desabafar com eles e me sentir acolhida, sinto falta de ouvir as histórias deles, sinto falta do abraço caloroso do meu chefe que, por incrível que pareça, muitas vezes foi tão reconfortante... Sinto falta de rir com eles, ou mais, de chorar de rir, das nossas brainstorms e das frases desmotivacionais do nosso mural.
Eu sei, faz só quatro dias que estamos de quarentena, mas é justamente a perspectiva de não saber quando isso vai ter fim que me faz valorizar a presença deles.
Depois, a sessão de terapia. Foi ótimo, mas não foi a mesma coisa que estar junto, olho no olho. Foi muito bom hoje, mas eu percebi que o contato direto presencial, talvez o olhar da minha psicóloga de encontro ao meu, arranca mais aquilo que eu tenho dentro. A presença dela me traz mais paz e segurança, mais conforto. Fora que, a internet cai, a tela trava, tem horas que não escutei direito..........Isso interrompe a fluidez da fala e do pensamento, imagine.
E a aula de funcional.... deu pra fazer no quarto, ótimo, mas senti falta do vento do rosto, de poder mirar o céu escuro... quantas vezes deitada, fazendo as abdominaisinfernais foquei no céu, nas nuvens, nas estrelas e busquei força do infinito para poder completar a série.... e sempre achei curioso que, apesar do esforço físico, contemplar o céu me relaxasse tanto...
Pela tela do computador, as intruções do professor eram claras, mas não dava para ver e ouvir bem os outros, então não teve piada, não teve risada, não teve gatorade gelado no final.
E a celebração com a comunidade? Vou nem falar. Que saudade da nossa sala tão digna prefeguração do céu, de estar na assembleia cantando, rezando, ouvindo os testemunhos....
É minha gente. Graças a Deus, estamos vivendo uma guerra com tantas possibilidades graças a teconologia. Devemos ser gratos a isso, com certeza. Mas ela nunca poderá substitui o contato humano, a presença, o cheiro, a voz clara, o olhar direto, o abraço. O outro te impele a sair de si e olhar para ele.
Não só isso, como também a natureza. Ouvir o som do vento zarpando no ouvido, sentir o sol, ver as árvores, o céu, estar fora te faz sentir parte do todo, o todo que é este universo visível e invisível.
Foi só meu quarto dia de quarentena, mas tenho certeza que essas percepções, tão obvias na verdade, só vão se confirmar. E Graças a Deus! Tomara que tudo isto sirva para nos aproximar mais e não nos afastar mais.
A pandemia veio pra mostrar que aquela reunião presencial podia ser por e-mail ou skype, é verdade, mas talvez ela mostre que, apesar daquela reunião poder ser a distância, a gente decidiu fazer presencial pelo simples fato de querer estar junto!
Mas recordemos ontem.
Ontem, eu falei pra minha mãe que a paixão parece boa, mas ela cega as pessoas. Ao que minha mãe respondeu "por isso elas se casam!". Diante da minha gargalhada histérica e nervosa, ela disse "Talvez por isso Deus da a paixão pras pessoas, pra assim, a humanidade poder realizar o plano de salvação que Ele tem para todos. Mas quando a paixão passa, vem o amor, maduro, que ainda faz você querer estar com a pessoa, sentir o cheiro, a pele, mas também faz você perdoar e relevar muita coisa".
O que isso tem a ver com quarentena e coronavírus? Bom, nada. Mas queria registrar aqui essa reflexão. Achei importante.
Então, ontem, foi dia de sair. Aquela saída pra resolver tudo de uma vez, passando em vários lugares. Lembra nos tempos antigos, pré-corona, que você até queria sair de casa, mas ai pensava que tinha que se arrumar, socializar, se transladar... e morria de preguiça? Então, agora sair de casa é muito pior.
Quem me dera, sair de casa implicasse só ter que arrumar o cabelo e passar um rímel... Agora implica passar álcool no carro, deixar sempre na porta de saída o "sapato de sair", se desinfetar o tempo inteiro no caminho, tentar fazer tudo o mais rápido possível tocando no mínimo de coisas, lidar com o estresse constante do medo de ser contaminado... depois todo o protocolo ao voltar para casa: desinfetar tudo que você traz consigo e onde vc colocou a mão, tomar o máximo cuidado para não encostar em nada mais na sua casa e nem chegar muito perto de ninguém, tomar banho e ainda assim, seguir com a sensação de que tudo está contaminado. Meu Deus, que desgaste. Que estressante.
Fora que, ao estar na rua, eu me sentia uma infratora, como se a qualquer momento, um alarme fosse soar, a voz da Card B fosse ecoar Jundiaí a fora berrando "COROUNA VAIRUS" e a sociedade fosse me linchar. Mas era necessário. Eu não podia deixar pra depois essa saída.
Enfim.
Mas hoje o dia foi cheio, o que em partes, acho até bom. E fiquei bem longe das notícas.
Vamos falar de ansiedade em tempos de pandemia? Quando você acha que chegou no seu limite, você descobre que na verdade, não. Sempre dá pra ir além e ficar um pouco pior da ansiedade.
Eu tô com tanta dor no corpo, tão travada, fazendo tantos crec que tem hora que acho que simplesmente não poderei mais andar. Fora a tremedeira, a falta de ar, o coração acelerado etc etc etc. O negócio tá tão louco que, ao contrário do que acontece quando to tendo altas crises, que é meu intestino soltar, ele ta super preso e eu estou com um desconforto enorme. Acho que venho tentando me controlar tanto, me segurar tanto com relação a tudo, que até o cocô to segurando!
Ai desculpe se você tem nojinho deste assunto, como se você nunca fizesse, né? Inclusive, se você não faz, sugiro um médico.
Sei que pode parecer engraçado, mas é sofrido pra caramba. Mas não ligo se você rir da minha desgraça. Fico até feliz com isso, porque tá difícil rir estes dias.
Neste exato momento, tô tomando chá de cidreira que dizem que acalma. Sinceramente, eu já cheguei num ponto que essas coisinhas muito naturais não fazem efeito, mas sei lá, o psicológico tem força, então quem sabe se eu pensar "vou tomar um chá pra relaxar", eu realmente relaxe? #sonho.
Pior, tô tomando sem açúcar na tentativa de não virar uma mamute até o fim da quarentena. Mas olha, bem ruim.
Gente, eu não tô histérica por causa do vírus só. Aliás, eu mesma não tenho medo por mim, mas pela minha família grupo de risco. Além disso, toda esta situação de confinamento... eu tinha um compromisso neste tempo de Quaresma que era importante demais e ele foi cancelado; a rotina de trabalho, pensar que tudo fica totalmente congelado, inclusive a minha vida, pensar na situação econômica, é uma somatória, uma avanlanche. Eu já lido com a ansiedade diariamente, o coronavírus é só um plus pra mostrar que a ansiedade não tem limites ou que eu sou mais forte pra lidar com ela do que eu penso.
Enfim.
Fato é que hoje trabalhei muito! Tanto pro meu emprego mesmo quanto um outro job que eu tô fazendo por amor e gratidão, difícil de explicar, mas eu acho que ele é ainda mais importante e me exige mais do que meu emprego mesmo. Ah, mas claro, não sou negligente com minha empresa. Aliás, achei que ia ter mais dificuldade pra me adaptar ao home office. Mas não, até que ta rendendo bem e consigo ficar bem focada. Claro que resolver os assuntos por mensagem inviabiliza algumas coisas, mas estamos nos adaptando.
Depois, de tarde, foquei no outro trabalho, o que me gerou mais estresse, ou seja, agregou ansiedade. "Mas Deborah, você não disse que é por gratidão e amor?". Sim, mas é super exigente, pede muita responsabilidade. Mas estamos indo. Vamos conseguir.
Hoje, a internet quase me convenceu de que por ela é possível fazer tudo sem sair do lugar! A começar, o trabalho.
Depois, minha psicóloga linda maravilhosa fez uma sessão via chamada de vídeo. Meu Deus, que bênção é a terapia! Por mim, fazia todo dia. Precisava demais. E foi assim, sentada na minha cama que eu coloquei pra fora um pouco das minhas agonias, paranóias, e do outro lado da tela estava minha psicóloga me fazendo rir, me dandou outras perspectivas dos acontecimentos e mais: me fazendo concluir no fim, que eu sou mais normal do que muita gente! E também que eu sou maluca mesmo e tá tudo bem com isso. Eu sei, complexo né? Mas é isso, minha maluquisse me faz sofrer um bocado, mas ela é maravilhosa por muitas razões.
Pós terapia, mais aliviada e com os pensamentos mais ordenados, voltei ao trabalho..... e então, chegou a hora da minha primeira aula de fucnional on line!
Bom, eu já faço funcional há um bom tempo e nossos professores maravilhosos montaram uma sala para nos dar aula ao vivo, todos juntos! Deus abençoe a atividade física! Foi ótimo! Uma hora de atividade intensa, onde minha mente, corpo e alma apenas estavam focados numa coisa: completar aquelas
É isso, gente, atividade física é muito psicológico. Você acha que não aguenta, mas aguenta! E quando termina com as pernas tremendo, a sensação de bem-estar é suprema.
Mal tive tempo de me recompor do suor e do cabelo descabelado, já entrei numa outra "sala virtual" para rezar as vésperas com meus irmãos de comunidade! Foi comovente vê-los e ouví-los. Porém, confesso que precisamos de um APP melhor ou um esquema mais funcional... mas o que valeu foi a disposição de quase todo mundo de estar ali! no mesmo horário! para rezar juntos!
Por fim, banho, janta, mais um pouquinho de trabalho, até que esgotei demais e quis escrever. O tempo está meio congelado, não preciso ter tanta pressa.
Olha, nós tinhamos tantos planos para esse ano e Deus veio pra derrubar todos, de uma vez, sem excessão! Pra que querer correr agora? vencer prazos? Tudo que nós temos no momento é o agora. Não é nem o hoje, mas o agora. Não dá pra pensar na hora seguinte.
Mas então, voltando.... A internet quase me convenceu de que dá pra fazer tudo sem sair do lugar. Quase....
Porque eu sinto falta dos meus colegas de trabalho. Sinto falta de desabafar com eles e me sentir acolhida, sinto falta de ouvir as histórias deles, sinto falta do abraço caloroso do meu chefe que, por incrível que pareça, muitas vezes foi tão reconfortante... Sinto falta de rir com eles, ou mais, de chorar de rir, das nossas brainstorms e das frases
Eu sei, faz só quatro dias que estamos de quarentena, mas é justamente a perspectiva de não saber quando isso vai ter fim que me faz valorizar a presença deles.
Depois, a sessão de terapia. Foi ótimo, mas não foi a mesma coisa que estar junto, olho no olho. Foi muito bom hoje, mas eu percebi que o contato direto presencial, talvez o olhar da minha psicóloga de encontro ao meu, arranca mais aquilo que eu tenho dentro. A presença dela me traz mais paz e segurança, mais conforto. Fora que, a internet cai, a tela trava, tem horas que não escutei direito..........Isso interrompe a fluidez da fala e do pensamento, imagine.
E a aula de funcional.... deu pra fazer no quarto, ótimo, mas senti falta do vento do rosto, de poder mirar o céu escuro... quantas vezes deitada, fazendo as abdominais
Pela tela do computador, as intruções do professor eram claras, mas não dava para ver e ouvir bem os outros, então não teve piada, não teve risada, não teve gatorade gelado no final.
E a celebração com a comunidade? Vou nem falar. Que saudade da nossa sala tão digna prefeguração do céu, de estar na assembleia cantando, rezando, ouvindo os testemunhos....
É minha gente. Graças a Deus, estamos vivendo uma guerra com tantas possibilidades graças a teconologia. Devemos ser gratos a isso, com certeza. Mas ela nunca poderá substitui o contato humano, a presença, o cheiro, a voz clara, o olhar direto, o abraço. O outro te impele a sair de si e olhar para ele.
Não só isso, como também a natureza. Ouvir o som do vento zarpando no ouvido, sentir o sol, ver as árvores, o céu, estar fora te faz sentir parte do todo, o todo que é este universo visível e invisível.
Foi só meu quarto dia de quarentena, mas tenho certeza que essas percepções, tão obvias na verdade, só vão se confirmar. E Graças a Deus! Tomara que tudo isto sirva para nos aproximar mais e não nos afastar mais.
A pandemia veio pra mostrar que aquela reunião presencial podia ser por e-mail ou skype, é verdade, mas talvez ela mostre que, apesar daquela reunião poder ser a distância, a gente decidiu fazer presencial pelo simples fato de querer estar junto!
Comentários
Postar um comentário