Auschwitz
Dia 27 de julho foi um dia Surreal. Aliás, se eu pudesse descrever em uma palavra a JMJ Cracóvia 2016, sera surreal. Porque estar naqueles lugares que eu só via nos livros didáticos da escola e em filmes documentários era inacreditável.
Sem dúvidas, o lugar mais impactante e impressionante foi Auschwitz.
Como eram muitas pessoas, as visitas foram com hora marcada e se nós não chegássemos lá no nosso horário, adeus visita.
No caminho, enquanto nós íamos, lemos um pouco sobre Auschwitz e eu contei um pouco daquilo que tinha pesquisado e postei no blog. Conforme fomos chegando, eu ia sentindo um frio na barriga. De longe já era possível ver os vagões e era de arrepiar.
Perto do Campo haviam bairros, com casas, lojas de conveniência... pessoas morando, numa cidade que funciona normalmente. Olhando aquilo, eu me senti um pouco mal. Como aquelas pessoas podia viver ali, vizinhas do Campo, praticamente, passar por ali todos os dias... morar naquela cidade sabendo de tudo que tinha acontecido? Sei lá, se fosse eu, não conseguiria morar ali. Me imaginei vivendo numa daquelas casas, indo dormir... sozinha no meu quarto, no silêncio da noite... será que seria possível ouvir os gritos dos presos? Ah não, é assombroso.
Bom, A visita foi muito rápida, sem guia e nós não poíamos ver todas as partes do campo e nem entrar em nenhuma sala. Estava tudo trancado e eles fizeram um caminho único por onde todos nós passamos, vendo tudo somente pelo lado de fora e lendo os outdoors que explicavam o que acontecia em cada um daqueles salões.
Para entrar, nós passamos por uma revista.
Depois seguimos pelo mesmo caminho que milhares de judeus seguiram para entrar num pedaço de inferno que existiu na terra.
Aquela famosa entrada, com os dizeres "O trabalho liberta", uma grande mentira, é de arrepiar. Eu tentava me por no lugar daquelas pessoas inocentes, mas não dava. Ao contrário delas, eu sabia o que me estaria me esperando lá dentro e chega a ser inacreditável. Era um grupo grande que entrava junto, andando vagarosamente.
Olhando de fora, era curioso ver como aquele cenário parecia uma pintura, ou melhor, parecia um cenários de cinema, pensado e construído para se apresentar pacifico e harmônico. A cor da grama, verde escura, as árvores, contrastavam com as cores das construções de tijolo a vista e as telhas.
Vale lembrar, que ai onde entramos era um dos campos de Auschwitz, onde funcionava a "admnistração", onde se faziam os experimentos médicos, onde as pessoas iam, a princípio, para trabalhar. Havia um segundo campo, onde as pessoas iam para morrer mesmo.
Passando a entrada, logo de cara nos deparamos com algo chocante: uma forca. Ela ficava ali com os
corpos pendurados, como um aviso para quem estava chegando sobre o que acontecia com quem não obedecia.
Enquanto nós passamos rapidamente pelo caminho já previamente fechado para nós, mesmo com muitos visitantes havia bastante silêncio e consternação. Ninguém queria conversar muito. O único barulho que se ouvia era dos pequenos grupos reunidos em torno de alguém que traduzia as placas ou explicava o que era aquele lugar especificamente.
Ou seja, 400.000 se tornaram prisioneiros para trabalhar ou passar por experimentos científicos... todos os outros, iam direto para as câmaras de gás assim que chegavam no campo.
Geralmente, é possível chegar perto, mas naquele dia, a parede de fuzilamento estava bloqueada. Mesmo de longe, eu achei aquele o lugar mais... impactante do campo. Talvez os piores fossem as câmaras de gás, mas, como não havia guia e nem todos os caminhos estavam liberados, eu não consegui identificar as câmaras. Então, estar diante desta parede foi muito tocante. Todos passavam ali faziam silêncio. De fato não dava muita vontade de falar. Não sei se o silêncio era em respeito aos que perderam sua vida ali, se era pelo horror daquela crueldade... aliás, a visita ao campo foi toda assim... você ia passando e ia se calando, não havia vontade de falar, porque não havia nada que pudesse ser dito... Dizer palavras de ódio em indgnação parecia errado num lugar que havia sido esmagado pelo ódio, não precisávamos acrescentar mais. Palavras de lamento pareciam insuficientes... Palavras de horror ainda não alcançariam tamanha tragédia.
Sem dúvidas, o lugar mais impactante e impressionante foi Auschwitz.
Como eram muitas pessoas, as visitas foram com hora marcada e se nós não chegássemos lá no nosso horário, adeus visita.
No caminho, enquanto nós íamos, lemos um pouco sobre Auschwitz e eu contei um pouco daquilo que tinha pesquisado e postei no blog. Conforme fomos chegando, eu ia sentindo um frio na barriga. De longe já era possível ver os vagões e era de arrepiar.
Perto do Campo haviam bairros, com casas, lojas de conveniência... pessoas morando, numa cidade que funciona normalmente. Olhando aquilo, eu me senti um pouco mal. Como aquelas pessoas podia viver ali, vizinhas do Campo, praticamente, passar por ali todos os dias... morar naquela cidade sabendo de tudo que tinha acontecido? Sei lá, se fosse eu, não conseguiria morar ali. Me imaginei vivendo numa daquelas casas, indo dormir... sozinha no meu quarto, no silêncio da noite... será que seria possível ouvir os gritos dos presos? Ah não, é assombroso.
Aguardando para sermos revistados e entrar |
Para entrar, nós passamos por uma revista.
Depois seguimos pelo mesmo caminho que milhares de judeus seguiram para entrar num pedaço de inferno que existiu na terra.
Olhando de fora, era curioso ver como aquele cenário parecia uma pintura, ou melhor, parecia um cenários de cinema, pensado e construído para se apresentar pacifico e harmônico. A cor da grama, verde escura, as árvores, contrastavam com as cores das construções de tijolo a vista e as telhas.
Vale lembrar, que ai onde entramos era um dos campos de Auschwitz, onde funcionava a "admnistração", onde se faziam os experimentos médicos, onde as pessoas iam, a princípio, para trabalhar. Havia um segundo campo, onde as pessoas iam para morrer mesmo.
corpos pendurados, como um aviso para quem estava chegando sobre o que acontecia com quem não obedecia.
"Prisioneiros poloneses enforcados em 19 de julho de 1943 durante o maior massacre público em KL Auschwitz" |
Parecia uma cidade cenográfica |
"Dos 1.300.000 deportados, 400.000 foram aprisionados no campo. Os outros foram assassinados nas câmaras de gás assim que chegavam" |
Ou seja, 400.000 se tornaram prisioneiros para trabalhar ou passar por experimentos científicos... todos os outros, iam direto para as câmaras de gás assim que chegavam no campo.
Geralmente, é possível chegar perto, mas naquele dia, a parede de fuzilamento estava bloqueada. Mesmo de longe, eu achei aquele o lugar mais... impactante do campo. Talvez os piores fossem as câmaras de gás, mas, como não havia guia e nem todos os caminhos estavam liberados, eu não consegui identificar as câmaras. Então, estar diante desta parede foi muito tocante. Todos passavam ali faziam silêncio. De fato não dava muita vontade de falar. Não sei se o silêncio era em respeito aos que perderam sua vida ali, se era pelo horror daquela crueldade... aliás, a visita ao campo foi toda assim... você ia passando e ia se calando, não havia vontade de falar, porque não havia nada que pudesse ser dito... Dizer palavras de ódio em indgnação parecia errado num lugar que havia sido esmagado pelo ódio, não precisávamos acrescentar mais. Palavras de lamento pareciam insuficientes... Palavras de horror ainda não alcançariam tamanha tragédia.
Forca |
Não sei o que acontecia nesse galpão e prefiro nem imaginar.
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"Guarita" dos soldados alemães que faziam vigia |
Eu penso que o que não deixou que o nazismo vencesse, nem que o mundo acabasse na segunda guerra mundial, o que fez com que a esperança não desaparecesse foi o amor que se manifestou entre os prisioneiros. O sofrimento revela quais são as verdadeiras intensões que temos no nosso coração. Pode ser que nessa hora se manifeste todo nosso egoísmo, orgulho, violência... mas pode ser que justamente nessa hora, comece a germinar em nós essa semente do amor divino que temos plantado de nós, já que somos imagem e semelhança de Deus. Já ouvi muito relatos dos prisioneiros que tentaram se ajudar da melhor forma possível e creio que isso foi mais poderoso do que toda a ideologia disseminada pelo nazismo.
Penso também que Deus encontrou uma forma de mostrar concretamente que não estava alheio a todo sofrimento daquele povo, embora não pudesse interferir na liberdade dos homens. Ele permitiu que entre toda aquela barbaridade, Cristo estivesse presente, participando daquele calvário com os prisioneiros, ao mesmo tempo em que morria pelo inimigo. Essa manifestação se deu através de São Maximiliano Kolbe.
São Maximiliano chegou em Auschwitz em 28 de maio de 1941 e se tornou o prisioneiro número 16.670. Quando ele chegou, ainda não havia beliches nos alojamentos de tijolos e eles tinha que dormir no chão, em sacos de palhas, geralmente 2 ou 3 em cada saco.
Em julho, um dos prisioneiros fugiu do campo. Em resposta à fuga, os outros 600 prisioneiros do bloco tem que permanecer em filas. Então, veio a ordem "O fugitivo não foi encontrado. Em represália pela fuga de seu companheiro, dez de vocês morrerão no bunker da fome. Da próxima vez serão vinte".
De fila em fila, ao todo eram dez, são escolhidos os dez condenados. "Quando (...) de repente, há movimento nas fileiras até então imóveis. Um prisioneiro, várias filas atrás, saiu de seu lugar e está vindo para frente". Os guardas ergueram os rifles, enquanto os cães estão prontos para atacar. É Maximiliano quem se aproximava, com o rosto tranquilo. Um dos guardas mandou parar ou então morreria, mas Maximiliano pediu para falar com o comandante e continuou se aproximando. Surpreendetimento, ninguém atirou ou o atacou.
Maximiliano disse "Quero morrer no lugar deste prisioneiro. Sou um sacerdote católico". A troca foi aceita e o frei entrou no lugar de um prisioneiro que era um pai de filha.
Maximiliano no bunker por 15 dias, nu, sem comer, nem beber.
Bruno Burgowiec, prisioneiro intérprete, assistiu aos últimos dias de Maximiliano e conseguiu sair vivo de Auschwitz. Ele relatou: "As vítimas despidas estavam em uma única cela, vizinha à dos que estavam morrendo em represália pelas duas fugas anteriores. O ar fétido era irrespirável, não havia móvel algum, exceto um balde para suas necessidades fisiológicas. Pode-se dizer que a presença de Padre Kolbe no bunker era necessária para os outros (...) Devido ao silêncio e à acústica, a voz do Padre Kolbe rezando espalhava-se pelas outras celas, onde podia ser ouvida bem. Esses outros prisioneiros juntaram-se a ele na oração. A partir de então, todos os dias, da cela onde se encontravam (...) e das celas vizinhas vinha o som da recitação das orações, do terço e de hinos. Padre Kolbe começava e os outros respondiam em grupo. Quando essas orações e hinos fervorosos ressoavam em todos os cantos do bunker, eu tinha a impressão de estar em uma Igreja".
"Quando viam a porta da cela aberta, os prisioneiros infelizes, chorando, imploravam por um pedaço de pão e um pouco d'água, que nunca conseguiam. (...)Padre Kolbe nunca pedia nada, nem se queixava. Olhava direta e atentamente nos olhos dos que estravam na cela. (...) Os homens da SS não conseguiam enfrentar seu olhar e costumavam esbravejar "Olhe para o chão e não para nós". (...) Mesmo quando (...) os outros estavam sempre deitados no cimento (já muito fracos), Padre Kolbe ainda estava de pé ou ajoelhado, com a fisionomia serena. Dessa maneira, passaram-se duas semanas. Os prisioneiros iam morrendo, um após outro e, a essa altura, só restavam quatro, entre eles Padre Kolbe, que ainda estava consciente. Os homens da SS decidiram que as coisas estavam demorando muito... Um dia chamaram do hospital o criminoso alemão Bock, para dar injeções de ácido fênico nos prisioneiros (...). Vi Padre Kolbe, rezando, estender ele mesmo o braço ao assassino. (...) Os outros cadáveres nus, enegrecidos, estavam no chão, seus rostos mostrando os sinais de sofrimento. Padre Kolbe estava sentado, ereto, encostado à parede. Seu corpo não estava sujo como os outros, estava limpo e resplandescente, A cabeça estava um pouco inclinada para um lado. Tinha os olhos abertos. Sereno e puro, seu rosto parecia radiante. Qualquer um teria notado e pensado que ali estava um santo".
Padre Maximiliano Kolbe foi beatificado no dia 17 de outubro de 1971 pelo Papa Paulo VI, na Basílica de São Pedro, em Roma, e canonizado pelo Papa João Paulo II no dia 10 de outubro de 1982.
(Todas essas informações foram tiradas do livro Maximiliano Kolbe, Pureza e Martírio, de Lourdes Crespan, da Loyola)
Maximilian Kolbe, o frei franciscano polonês que se voluntariou para morrer a fim de salvar a vida de outro prisioneiro |
Era difícil acreditar que neste lugar acontecia tudo isso. |
Vocês devem saber que Auschwitz era um complexo de três campos de tortura. Esse que visitamos é o Campo I, o primeiro a ser construído e, no começo, era apenas um local de trabalho forçado, embora também acontecessem muitas torturas e assassinatos. Ali também era um lugar mais administrativo do Partido.
O Campo II, foi construído posteriormente, em Birkenau, a três km do Campo I. Nós seguimos para este segundo campo, mas não pudemos entrar, apenas ver rapidamente por fora. Na hora, eu não estava entendendo direito a diferença entre os campos, mas posso dizer uma coisa... Foi a coisa mais arrepiante que eu já vi na minha vida. Mais ainda do que a parede de fuzilamento.
Eu nem consigo explicar direito o que senti quando vi aquele campo, banhado pelo por do sol. Estava calor, mas aquele lugar parecia tão gélido, como se nem desse pra respirar ali. Se no primeiro Campo eu não conseguia imaginar o que acontecia na época da Segunda Guerra.... no Campo II, as imagens vieram na minha cabeça com facilidade.... Judeus morrendo ali, passando fome e frio, sendo mortos....Não sei se mais alguém se sentiu assim, mas eu me senti bem mal estando ali, e isso porque nós nem entramos... Não sei se as fotos podem traduzir um pouco...
Depois que eu fui pesquisar e descobri que Hitler mandou construir este segundo campo para "a solução final do problema dos judeus". Ou seja, era um campo efetivamente de extermínio, com crematórios e câmaras de gás onde cabiam 2.500 pessoas por vez. Um milhão de judeus e 19 mil ciganos morreram em Auschwitz II.
Há uns dias atrás, eu ouvi de um sacerdote brasileiro, intelectual e que morou e trabalhou na Polônia durante muitos anos sobre o 'método' dos Nazistas para subjulgar os povos e refletimos que isso pode ser usado por qualquer ideologia que tenha por finalidade dominar um povo e instaurar uma ditadura.
A primeira coisa que os nazista fizeram foi contar uma mentira: Só o trabalho liberta.
Em primeiro lugar, sabemos que isso não é verdade. O trabalho representa o dinheiro em nossas vidas e o que ele faz é nos escravizar. E uma pessoa escrava é uma pessoa que nunca pode decidir por si mesma, é uma pessoa que nunca tem a liberdade de dizer não.
Com esta mentira, Hitler levou os judeus ao campo de concentração, para um trabalho forçado, para um trabalho escravo.
A nossa sociedade não vive, hoje, sempre apoiada no dinheiro? E para isso não se escraviza? Não se mata de trabalhar? Perde a saúde, mas não deixa de trabalhar. Deixa a família, mas não deixa de trabalhar. Pelo dinheiro somos capazes de mentir, de roubar, de passar por cima dos outros... Isso não é uma escravidão proveniente de uma mentira de que só o dinheiro, fruto do trabalho, pode nos dar a liberdade, a vida, a alegria? E por ai vamos buscando algo que nunca encontraremos.
Ao chegar ao campo, os guardas separavam mulheres, homens, velhos e crianças, ou seja: dividia o povo, porque "nenhuma cidade ou casa dividida contra si mesma poderá subsistir". Separados, o povo não tinha força.
Queridos leitores, vocês podem concordar comigo ou não, claro. Mas vamos olhar para as ideologias da nossa sociedade.... sobre tudo essas que se dizem tão... "libertadoras".... Vamos ser francos:
Homens X Mulheres
Negros X Brancos
Esquerda X Direita
Ricos X Pobres
E por aí vai. Quando vocês olham pro nosso Brasil vocês não percebem um povo extremamente dividido? Sou apenas eu que vejo isso?
Nesses últimos anos, a propagação de certas ideologias tem feito exatamente aquilo que elas objetivam: dividir o povo, dividir a nação. Disfarçados de "liberdade, igualdade e fraternidade, paz e amor", só vejo cada vez mais ódio, gente defendendo cegamente suas ideologias sem olhar para o outro, sem ter para o outro um olhar de misericórdia. Um povo dividido não pode construir uma nação fraterna.... E enquanto a gente se degladeia aqui fora.... há líderes se aproveitando muito bem da situação para poder continuar escravizando o povo.
Por fim.... e tenho até medo de falar isso.... mas o que os nazistas faziam com os judeus nos campos?
Raspavam a cabeça e metiam todos em roupas listradas.
Todos iguais
Eles tiravam das pessoas a IDENTIDADE.
E os judeus passavam a ser apenas números para o Estado.
Meu Deus, isso é tão claro pra mim!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O mundo hoje quer tirar a nossa identidade.... Você não é homem, nem mulher. Você pode escolher aquilo que quer ser. Se você primeiro acha que é homem, tudo bem. Se depois você acha que é mulher, pode mudar, tudo bem também. Se depois você sente que não é nenhuma coisa nem outra ou se sente que é os dois.... tudo bem também!
Não tem mais rico ou mais pobre.... não existe liberdade de escolher isso ou aquilo. Todos iguais, tudo igual pra todo mundo... não é essa sociedade ideal?
As pessoas vão perdendo sua identidade e uma pessoa sem identidade não sabe qual é sua missão no mundo, não sabe qual o sentido da sua vida. E uma pessoa perdida é uma pessoa fácil de ser manipulada, dominada, escravizada.
Mentir. Dividir. Tirar a identidade. Assim você destrói um povo.
Reflitam por vocês mesmos.
Os Campos de Auschiwitz estão lá como um memorial para que o Holocausto nunca mais aconteça.... Mas ele continua acontecendo, talvez de uma maneira velada. Eu já escrevi sobre isso e reforço o que disse antes mesmo de chegar aqueles campos.
Mas agora, depois de ter visitado, refletindo sobre tudo, refletindo sobre o homem, percebo que, por mais absurdo que seja, o Holocausto, na sua pior maneira, pode acontecer de novo sim. E acontecerá se nós continuarmos dando ouvidos e nos escravizando por essas ideologias que nos vendem hoje em dia. Que todo mundo aceita sem nem parar um momento para refletir ou questionar.
Enfim. O dia da visita a Auschiwitz não foi um dia fácil. Mas como Deus é sempre muito providente, ao final dele, nós tivemos uma celebração maravilhosa de Vésperas com nossos irmãos poloneses e em seguida, um ágape igualmente maravilhoso! Foi um alento na alma e no coração, que mostrou que o amor pode mesmo vencer qualquer mal.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFoi uma experiência marcante. Ótimo texto. Você escreve muito bem! Só discordo quanto ao trabalho significar escravidão. Claro que no contexto dos campos de concentração, a frase era uma piada de mau gosto... Horrivel...Ali foi escravidão...
ResponderExcluirMas o trabalho, embora penoso, pode ter um sentido belo e importante: pelo trabalho, o homem pode dominar a terra e dela cuidar, como ordenou Deus no Gênesis...
Nos salmos também há referência ao trabalho: "Do trabalho de tuas mãos comerás tranquilo e feliz" (salmo 127).
São Paulo também nos exorta a trabalhar (2 tessalonicenses 3, 10-12)...
Pelo trabalho se pode servir ao outro... Além disso, há o importante trabalho e serviço da evangelização...
A igreja exalta o trabalho como "participação na obra do Criador" (Carta encíclica Laborem Exercens de João Paulo II -1981, 90 anos depois da Rerum novarum).
O próprio Cristo trabalhou incansavelmente (Isaías 53, 11). E Cristo era filho de um carpinteiro, um trabalhador.
Enfim, "ora et labora" (reza e trabalha). Mas, de fato, que a misericórdia e a dignidade reinem entre nós! E que nunca mais tenhamos na história acontecimentos tão tristes assim...
Beijão! Marcio Paiva
Ah, sim, concordo absolutamente. Mas eu dizia no sentido de quando o trabalho/ dinheiro se torna uma idolatria. "Só o trabalho liberta" ou só o "dinheiro liberta" é o que o mundo prega e que acaba fazendo o homem escravo.
ExcluirIsso que você coloca já uma relação livre com o dinheiro e com o trabalho, de quem coloca Deus em primeiro lugar e sabe que tudo provem Dele.
Sim! Verdade!
ExcluirRealmente foi uma experiência bem marcante que vivemos!!
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